Os designers entendem o que as pessoas precisam, talvez melhor do que elas pensam – porque estudamos para isso. Melhorando as situações mais simples do dia a dia, removendo tudo o que não é necessário, fazendo o menos ser mais e descomplicando a vida das pessoas por meio de inovações em produtos e serviços.
Uma coisa que me fez pensar ao longo dos anos é porque não encaramos tudo o que deve ser mudado como um projeto? Aplicando o design centrado no humano no mundo onde nós vivemos e encontrando uma solução para pequenos problemas do cotidiano que podem vir a se tornar um grande ato.
É comum eu não me sentir pronta para projetar algo sem ter ao menos me estudado, feito análises, me preparado para tal. Não ter tempo para realizar o desenvolvimento completo de um projeto, isto é, fazer um bom planejamento, gerar ideias, executar testes e selecionar o que realmente se encaixa com o objetivo proposto.
Confesso que agora que entendo um pouco sobre o processo de criação de algo começo a questionar o porquê não é ensinado para todos os cursos da faculdade o gerenciamento de projetos, que consiste em saber planejar, desenvolver e finalizar uma ideia, isto é, tirar a ideia do papel. Pode até parecer simples, porém é muito complicado seguir uma linha de raciocínio tênue e ter a capacidade de imersão e desprendimento para com o todo, no início pode tudo sair bem mas o que venho notado na minha experiência como estudante e também como designer é que quando o projeto chega na sua primeira fase do desenvolvimento em si, chamado de geração de ideias, que nada mais é do que pensamentos que podem vir a dar certo como solução do projeto, a equipe envolvida tem um certo receio em expor todas as possibilidades pensadas.
Logo constato que os envolvidos necessitam do pensamento totalmente desprendido e despreocupado a fim de agregar alternativas para o fim.
Considero uma das habilidades mais valiosas o pensamento disruptivo – isso nada tem a ver com matérias teóricas e apesar de importante ele é extremamente difícil de ser executado. Talvez pelas barreiras que impomos a nós mesmos, a insegurança nos dias de hoje, que muitas vezes vem junto com a competitividade extrema e desnecessária e o medo de errar, ser pior do que os outros.
O design me ensinou que não existe tal coisa, na geração de ideias tudo deve ser considerado a fim de prover a melhor solução possível para aquele projeto e depois disso é claro as possibilidades que mais se encaixam com as necessidades do mesmo serão prototipadas e depois analisadas para a seleção da ideia mais condizente.
É de suma importância o pensamento empreendedor, pois ajuda a sociedade e a cada um de nós a progredir como pessoas. A Design Wade ajuda a promover ideias, fornecendo suporte e base para isso por meio de apoio e discussões com profissionais multidisciplinares envolvidos.